quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Oscar 2011: indicados a Melhor Figurino

O Oscar 2011, que acontecerá no dia 27 de fevereiro, no teatro Kodak, em Los Angeles, conheceu na última terça-feira, dia 25, seus indicados aos prêmios da academia. No quesito Melhor Figurino, as 5 produções concorrentes apresentam temática de época, ainda que distintas entre si. Detalhamos o que cada filme candidato à estatueta mais famosa do cinema traz como inspiração e suas características.

Alice no País das Maravilhas


 Um verdadeiro sucesso na mídia. Influenciou, inclusive, diversas coleções de moda e campanhas publicitárias. Baseado na obra de Lewis Carrol, com a direção do excêntrico Tim Burton, Alice trouxe um pouco do imaginário infantil multicolorido ao vestuário adulto. Os looks da figurinista Colleen Atwood são compostos de muitas sobreposições e temática do século XIX.

I am Love


 O filme se passa na Itália, entre os anos 1980 e tempos atuais. Emma (Tilda Swinton) é uma russa que se casa com um rico empresário italiano. O figurino, selecionado por Antonella Cannarozzi, propõe todo o glamour de uma senhora da alta sociedade europeia, com sobriedade e luxo, em vestido longos e modelagens retas, além de trench coat e cardigãs. Entre os homens, predomina a alfaiataria.

O Discurso do Rei


Conta a história do rei George VI, que enfrenta a gagueira, considerada imprópria para a realeza. Ambientado no início do século XX, na época anterior à 2ª Guerra Mundial, mostra o estilo mais comum e elegante do vestuário londrino. A figurinista Jenny Beaman escolheu um mix de peças demonstrando uma família real em declínio, sendo bastante influenciada pelo clima de guerra iminente.

A tempestade


Baseado na última grande obra de Shakespeare, se passa entre os séculos XVI e XVII. O figurino é diversificado, envolvendo temáticas como feitiçaria e tribalismo. Portanto, os looks selecionados por Sandy Powell vão desde os grandes vestidos de armação com babados e decotes retos, até as pequenas tangas de índios, passando por farrapos descombinados de marinheiros ingleses.

Bravura Indômita

  

A refilmagem do clássico bang-bang apresenta uma menina de 14 anos em busca de vingança pelo pai. Seu vestuário é praticamente todo composto por peças masculinas. O faroeste mistura peças pesadas como couro a peças mais detalhadas, como lenços, gravatas e chapéus. O desafio de Mary Zophres foi encontrar uma combinação perfeita entre estilo batido da época, misturado a suor e poeira.


Fonte: Portal Use Fashion

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Novo padrão unifica tamanhos de roupas

Na hora de comprar uma roupa, a 1ª etapa é a escolha e a 2ª é a prova. É nesse momento que surge um problema enfrentado pela maioria dos brasileiros: dizer ao vendedor o tamanho que utiliza. Atualmente, isso depende de cada confecção. Entretanto, para resolver este dilema, as medidas estão começando a ser padronizadas. O procedimento já foi concluído no segmento infantil, está em andamento no masculino, e em breve abrangerá as roupas femininas também.
Na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) há uma comissão na parte têxtil e de vestuário para este assunto, desde 1981. Essa equipe fez uma norma, em 1995, a respeito da padronização do vestuário brasileiro. De acordo com a superintendente do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-17), Maria Adelina Pereira, na época a norma foi muito importante, inclusive foi usada em licitações. Mas não foi renovada, por isso, está obsoleta. Para que haja uma classificação específica para os tamanhos das roupas, a ABNT está fazendo uma nova classificação, em que estão sendo definidas as medidas das roupas masculinas. A estimativa é que seja concluída nos primeiros 6 meses de 2011.
Primeiramente, está sendo feito um levantamento antopométrico para ver como está o corpo do brasileiro. O próximo passo é refinar os dados e levá-los à consulta popular para que possa virar norma. Com isso, na hora de comprar uma peça, o consumidor terá muito mais segurança.  Estabelecer os padrões de medidas brasileiras não é tarefa fácil. O Brasil é um país onde há miscigenação em abundância. De acordo com Maria Adelina, esse fator já apareceu quando as medidas do vestuário infantil foram padronizadas. "A norma não pretende criar um padrão único de corpo. Com a padronização haverá uma gama maior de tamanhos. Dentro das classificações de tamanhos haverá subcategorias. Por exemplo, no vestuário masculino serão 3 opções de tamanhos com suas subcategorias: atlético, normal e especial", explica.

O objetivo da padronização é que sejam informadas as dimensões específicas do corpo. "Em vez de expressar apenas um tamanho, após a padronização, as novas etiquetas vão expressar qual a medida que o corpo veste", afirma Maria Adelina. A padronização tende a facilitar as exportações dos produtos têxteis brasileiros. "É um critério que está sendo introduzido no Brasil, mas que de novo não tem nada. Já é usado no mundo todo. Com isso, estamos mais próximos dos países desenvolvidos", ressalta o gerente de infraestrutura e capacitação tecnológica da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Sylvio Napoli.
Adesão voluntária
É importante ressaltar que a padronização não é obrigatória. "É extremamente importante que fique claro que são normas brasileiras, mas nunca, em tempo algum, serão obrigatórias. São um trabalho de orientação e devem facilitar o trabalho do confeccionista. As etiquetas contendo os tamanhos são obrigatórias, mas aderir à padronização, não será," explicou Napoli.
Compras pela internet
Ainda de acordo com Napoli, a classificação unificada dos tamanhos de roupas deve aumentar as vendas do segmento do vestuário pela internet."A padronização das medidas das roupas facilitará muito as vendas pela internet," ressalta.
Quintess, que vende roupas femininas, já adecuou seu site ao novo modelo de negócio. Os tamanhos estão classificados de acordo com uma tabela de medidas inicilamente . Se a cliente não souber quais são suas medidas, o site disponibiliza uma fita métrica para ser impressa. Também mostra como medir cada parte do corpo.
Fonte: Portal Use Fashion

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Conforto: onde aperta o sapato do brasileiro?

Segundo o dito popular, cada um sabe onde o sapato aperta. Muitas pessoas se submetem ao desconforto e à dor por uma questão estética. Outras, porém, por simples falta de opção. Uma pesquisa da Universidade Feevale, intitulada A Escolha do Calçado, constatou que mais de 25% das pessoas não encontram nas lojas sapatos adequados aos seus pés. Os modelos, ou são folgados, ou são apertados, ou machucam os pés em algum ponto. São quase 50 milhões de brasileiros insatisfeitos e uma grande fatia de mercado pouco explorada pela indústria e pelo comércio.

Na atualidade, muito se fala em conforto quando o assunto são calçados. Linhas do gênero surgem cada vez mais, no entanto elas ainda não contemplam os tamanhos e os formatos diferentes dos pés. “Hoje, de cada dez pessoas, só quatro são atendidas pela numeração padrão que existe no mercado nacional”, afirma o coordenador do Laboratório de Biomecânica do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (Ibtec), Aluisio Ávila.

Ele explica que, nos pés femininos que calçam numeração 35, 36 e 37, por exemplo, o perímetro da cabeça do metatarso (parte mediana do pé) tem sete centímetros de diferença entre um pé delgado (mais fino) e um robusto (largo). Para conseguir corresponder às necessidades de todas essas consumidoras, portanto, seria necessário que fossem fabricados vários perfis de sapatos para cada numeração. 

O mesmo vale para os consumidores masculinos. Ávila afirma que, para fabricar esses diferentes perfis, é necessário investimento por parte das indústrias, mas o retorno desse público é certo. Para um ganho considerável na satisfação dos clientes, as mudanças devem passar pelas fôrmas, pela região da gáspea (parte frontal do cabedal que compreende a porção que cobre desde os dedos até o peito do pé) e pelo jogo de navalhas.

O coordenador do Laboratório de Biomecânica observa que a empresas que exportam para países como Estados Unidos, Canadá e Europa já fabricam cinco perfis diferentes para cada número. Segundo ele, a partir de 2011, algumas fábricas brasileiras vão lançar esses perfis diferenciados no mercado interno. “Consumidores dos Estados Unidos e da Inglaterra têm o calçado brasileiro como muito confortável exatamente por terem acesso a esses perfis diferentes. Com as fábricas produzindo-os para o mercado interno, a tendência é que percebamos aqui também esse índice de conforto”, avalia.